Mas depois de pensar, pensar, pensar,
eu resolvi inverter a pergunta: Será que temos liberdade realmente? Caminhava
tranquilamente pelo Pier, procurando o que fotografar, e pensava: Que
democracia é essa que vivemos, na qual é proibido ser você mesmo, é proibido
dizer o que se pensa, por que afinal, somos livres, livres para figurar o
máximo possível, por que nesse jogo ganha quem atua melhor. É verdade ou não é?
Ganha o marido fiel, a boa esposa, os filhos estudiosos, o amigo que sempre
apoia, a namorada que não sai para balada sozinha, o namorado que abre mão do
cotidiano com os amigos em nome do "amor".... Ganha quem atua melhor,
é ou não é? Ou será que ganha aquele que diz que trai, aquele
que admite que não é lá tão habilidoso com a parte acadêmica, aquela namorada
que admite que precisa de um tempo para si.... Acho que não preciso responder
isso... Somos livres para optar em não ser livre, por quem opta pelo contrário
esta fora dos padrões e quem sabe fora de si...
Não é segredo para ninguém que sou um
apaixonado por culturas, gente e lugares, e quanto mais eu viajo e rodo esse
mundo, mais tenho concluído que esse país abençoado por Deus, é também
abençoado pela hipocrisia. Aquela hipocrisia do nada pode, mas no carnaval,
tudo acontece. Aquela hipocrisia do sabemos que existe, mas é melhor ignorar.
Aquela hipocrisia do "não tenho preconceitos, mas meu filho nem
pensar!". Penso, penso, penso e não chego a uma conclusão para aquela
pergunta de praxe, mas talvez uma das mais bem feitas na última década do
século XX, "Que país é esse?".
Época de eleições, já que e infelizmente, não
pensamos todos os dias em "Que país é esse que vivemos?", pelo menos
agora, pensemos um pouco mais e vamos adiante: Em Que país queremos viver? Em
uma liberdade vigiada, e hipócrita ou em uma sociedade mais justa e
igualitária?
Foto e texto: Rodrigo Silva
Foto e texto: Rodrigo Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário